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HABITAÇÃO COLETIVA ÁGUA VERDE

“ Uma coisa que a história da evolução nos ensinou é que a vida não pode ser contida, ela se libera, ela se expande a novos territórios, atravessa barreiras, as vezes dolorosamente, perigosamente. Ela sempre encontra um meio. ”

  O CONCEITO

  O conceito tem como iniciativa criar um entendimento etimológico de como a vida humana se desenvolve, entendendo que ela é um elemento de transmutação diária, onde cada indivíduo sofre e influencia o meio em que vive. Propõe-se a continuidade da evolução urbana, contextualizada com a vida cotidiana das pessoas, sem perda de característica local, mas abrindo caminho para o progresso e o futuro do bairro. Pressupor-se a ideia de que a nova arquitetura, aquela a ser criada, um espaço que permite todas essas mudanças sociais, fazendo arquitetura, indivíduo e história social mesclarem-se e tornarem-se apenas um único elemento produzindo uma identidade coletiva, que traga em sua bagagem toda a história local e individual de seus moradores, criando um lugar transcendente, que vá além da arquitetura propriamente dita.

    O resultado para que a vida urbana se expande parte da integração e cruzamento de duas espécies, a arquitetura antiga e a nova para gerar um ambiente híbrido e aceleram a permutação da evolução da vida, em que as pessoas se tornem membro de uma comunidade humana, onde o todo define o rumo, de corpo e alma para um verdadeiro local existir.

A PRE-EXISTÊNCIA

O edifício da antiga Siderurgia Guaíra, que se encontra no terreno de intervenção, é representado como o elemento histórico e modelador da proposta. O objetivo é tomar partido de toda a sua carga indenitária, abrindo viés para o discurso da memória do lugar, pois é ele que infere ao espaço, lugar e alma. A finalidade é transformar um elemento material num contexto simbólico e vinculado a memória, para que a consciência indenitária ganhe intensidade e seja interiorizado e incorporado pelos agentes internos, no caso os novos moradores. Entendendo que esse espaço fez parte da construção do bairro ao qual se insere.

 

A antiga siderurgia mantem-se na área de intervenção e passa por um processo de retrofit para tornar-se um anexo ao edifício, com o intuito de expandir o conceito vida colaborativa, criando um coworking e um café para que os moradores do edifício e do bairro possam trabalhar nas áreas comuns juntamente com um espaço da fundação TETO. Contudo, a proposta forma o oposto dos modernos edifícios de apartamentos que segregam ao máximo os usuários uns dos outros e passa a criar novas conexões entre pessoas e a história do local para atender as suas necessidades de viver melhor.

O EDIFÍCIO

 

          O ponto de partida do projeto surgiu do desejo de criar uma arquitetura que possibilitasse que os apartamentos tivessem, além de suas áreas fechadas, espaços avarandados generosos para reuniões externas, e jardins próprios, privativos para inserir a vegetação e compor um edifício que respira a identidade do bairro.

 

    Quando o conceito apresenta a evolução humana e todas as suas variações, entende-se que todos os indivíduos, passam por momentos de readaptação ou de transformação ao longo de sua cadeia evolutiva. E entendendo que o ser humano é um elemento complexo, individual, com características histórico-sociais diferentes, opções e cresças singulares, precisamos compreender o “lugar” como elemento de transfiguração de toda essa expressão individual.

        A proposta do edifício residencial possui unidades modulares e flexíveis de 50,50 m² e 71,00 m² utilizando paredes internas em sistema dry-wall onde existe a possibilidade de integrar por completo as áreas sociais e íntimas, que valoriza o entorno e acompanha o morador ao longo da vida através de ambientes flexíveis através de uma planta livre possibilita layouts que vão de estúdios com espaços integrados a apartamentos de 1, 2 ou 3 dormitórios. As amplas aberturas, voltadas para a orientação norte do edifício, garantem a conexão visual com a paisagem da cidade de Curitiba e, o brise em madeira mantém a privacidade das áreas íntimas juntamente com a função de proteção solar das unidades. Na planta baixa, as áreas molhadas são fixas e foram posicionadas na orientação dos corredores, existindo a conexão entre todos os sistemas complementares em um vão de área técnica para obter uma manutenção rápida e eficiente para a racionalização da construção.

     A escala do pedestre e o convívio entre as pessoas está em primeiro plano. No topo do edifício irá acontecer um programa colaborativo entre sustentabilidade e cultura, uma área destinada a recreação dos moradores para cultivo de espécies e hortaliças e aproveitar as visuais que a paisagem proporciona e, durante a noite serão exibidas pequenas sessões de cinema no ático. Nesse espaço, também está presente a área técnica de reservatórios d’água e áreas de apoio ao cultivo.

O SISTEMA HÍBRIDO

 

    O sistema híbrido da arquitetura possui três elementos bases que formam a composição do núcleo do edifício.

. Permeabilidade é a capacidade de absorção social externa. A intenção é utilizar o terreno de maneira a não criar barreiras na integração da paisagem e proporcionar contato social. Evitando barreiras físicas, visuais e segregação do meio urbano pré-existente.

. Transformação é a capacidade de se adaptar as necessidades internas. Atuando aqui de maneira a suprir as necessidades futuras e individuais de cada morador. Propondo tipologias habitacionais que possam sofrer intervenções conforme as necessidades individuais de cada um dos proprietários, tornando-se uma arquitetura adaptável. Essa arquitetura provoca e respeita as transformações humanas.

. Mutualismo é um sistema que se fundamenta na entidade recíproca, na contribuição de todos para benefício particular de cada um dos colaboradores. O objetivo é instituir espaços interativos que solidifiquem os usos coletivos e aprimore as relações sociais. Criando plantas baixas fluidas e dinâmicas que se concentrem no significado da vida moderna: rápido, eficiente e colaborativo.

 

 

FINAL

    Esse edifício, passam então, a agir como um importante fixador da identidade. Age como um reflexo de sua sociedade, sendo um elemento que contém as “cicatrizes” de seus acontecimentos, entende que uma pessoa que consegue desenvolver uma identidade com um edifício, cria laços com esse objeto por meio de novas experiências vividas por ela.

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FICHA TÉCNICA

USO Residencial

LOCALIZAÇÃO Curitiba, PR

ÁREA TERRENO: 570 m²

ÁREA CONSTRUÍDA 1552 m²

ANO DO PROJETO 2019

EQUIPE Dionatan Grando, Lucas Destri, Roger Trevisan, Sônia Souza 

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