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CONCURSO (RE)CONSOLIDANDO A ORLA DO IBERÊ CAMARGO

"Dizem que antes de um rio entrar no mar, ele treme de medo. Olha para trás, para toda a jornada que percorreu, para os cumes, as montanhas, para o longo caminho sinuoso que trilhou através de florestas e povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto, que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre. Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar. Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência. O rio precisa de se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entrar no oceano é que o medo desaparece, porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas de tornar-se oceano." (Osho)

    Por muito tempo, assim como o rio tem medo de pertencer ao mar, Iberê e a cidade estavam receosos de um pertencer ao outro. O museu, o bloco monolítico branco esculpido, sempre em pé observando a dança majestosa das águas à sua frente, que brinca diariamente com as pessoas, com o pôr-do-sol, com os barcos e ele ali. Apenas observando. As pessoas já não o visitam como costumavam fazer. Já não o admiram como costumavam admirar. E o Iberê ficando cada vez mais sem amigos e sozinho as margens de uma avenida movimentada, que atua como um limite físico entre pedestres, Iberê e rio. A partir daí, torna-se necessária e urgente a reconsolidação do “loco”, valorizando o espaço construído que possui um significado histórico e sensorial carregado de significância.

A proposta vem ao encontro deste panorama. A cidade, o museu e a reconciliação. A generosidade de ambos em reconhecer que se completam e são importantes marcos históricos dentro do cenário gaúcho (um com suas obras físicas, o outro com as histórias que carrega diariamente sobre suas águas) para compor a paisagem da orla. Neste ponto, gera o conceito do abraço entre obra e o espaço. Um elo indivisível e eterno, ambos assumem suas importâncias e fundem suas memórias, onde os prolongamentos dos braços do Iberê sobressaem e invadem o espaço, criando um deck peatonal sobre as águas do Guaíba, além de recantos generosos aos usuários, integrando um espaço fechado e aberto, gerando uma sintonia que sempre deveria existir, mas que agora faz-se necessária. A arquitetura nova e a antiga tornam-se, portanto, um só elemento.

FICHA TÉCNICA

USO Cultural, Urbano

LOCALIZAÇÃO Porto Alegre, RS

ÁREA CONSTRUÍDA 900 m²

ANO DO PROJETO 2018

EQUIPE Dionatan Grando, Lucas Destri, Roger Trevisan, Sônia Souza 

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